Por André SchmidtQuando Alexandre Pato surgiu no Internacional causou alvoroço na torcida colorada e, claro, na brasileira. Tratado como uma jóia no Beira-Rio, foi "escondido" pela diretoria até que ganhasse corpo para atuar nos profissionais. Agora, outra "ave" ganha notoriedade nacional e já conta com o apelo popular para uma vaga na Seleção de Dunga que irá à Copa do Mundo: Paulo Henrique Ganso.
Não é preciso anos de futebol para mostrar a sua capacidade e sua genialidade. Quem o mínimo de entendimento sobre futebol detecta de longe um bom jogador. Para um craque então, basta segundos. E PH Ganso nasceu com a marca e a classe de um craque. Sua genialidade na leitura de jogo e sua visão de jogo são de impressionar qualquer um - talvez apenas Dunga não tenha visto. Tem o mesmo porte e o mesmo andar de um Zidane, Platini, Falcão, Sócrates e Laundrup. É lógico que é cedo demais para comparar com estes monstros da bola, mas por tudo que foi mostrado até agora, não custa nada sonhar...
A forma tranquila como comandou um time como o Santos numa final de Campeonato Paulista, com a dez de Pelé às costas comprovam a teoria de que Ganso é o mais preparado dos "Meninos da Vila" para vestir a Amarelinha. Dunga pode até considerar a negativa em ser substituído na partida final como um ato de rebeldia ou de arrogência, mas isto vem dos olhos de quem vê. Para mim, o fato não passou de mais uma demonstração de personalidade, confiança e leitura perfeita do jogo. Um lance simples, como uma cobrança de escanteio, se transformou não só em um lance inusitado mas sim num momento de genialidade, aliás, mais entre tantos outros do repertório do jovem craque. Craque este que, com humildade, aguarda calado um possível convocação que é aclamada por todo um país! Ganso com a Amarelinha já!
Por André Schmidt
